Uma habitação em direito de superfície
Tendo em conta as características do projeto, o direito de superfície é um meio fundamental para o desenvolvimento do mesmo e por isso queremos criar uma parceria público-cooperativa.
O projeto adapta-se tanto à reabilitação de um imóvel como à nova construção num terreno. Cada opção possibilita diferentes abordagens: a reabilitação permite devolver à cidade um espaço atualmente sem uso, valorizando e reaproveitando o património público urbano; por outro lado, a construção permite planear e desenvolver o projeto arquitetónico desde o início, sem limitações de espaços construídos já existentes.
Idealmente, o projeto está pensado para ser de pequena/média escala, com 10-12 unidades habitacionais, com uma área exterior suficientemente grande para poder desenvolver as atividades sociais da cooperativa.
Por isso, consideramos que as opções mais adequadas seriam: edifícios habitacionais ou industriais com espaço exterior; conjuntos de edifícios (como antigas vilas operárias); ou terrenos que permitam a construção horizontal.
Dentro do nosso princípio de sustentabilidade ambiental, acreditamos nos princípios de mobilidade sustentável. Portanto, pretendemos desenvolver o projeto próximo de serviços básicos (alimentação, saúde, educação) e de transportes públicos.
Gostaríamos, portanto, de contar com a cedência de um terreno ou imóvel em direito de superfície que permita viabilizar este projeto piloto de habitação acessível, colaborativo e democrático em Portugal.
Aldrava 